segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

It's that time of the year

Cheguei a casa e dei de caras com ela: a encomenda prometida. A minha prima-irmã já me tinha dito que me ia mandar uma caixinha cheia de delícias para eu matar saudades.


Eu já sabia que ela estava a caminho, até já sabia de parte do seu conteúdo. O que eu não sabia era o tamanho do tumulto que ela ia desencadear. Chorei. Muito. Sem parar. Como choro por tudo e por nada, imagino que esta descrição não seja grande surpresa, nem tenha muito impacto. Era preciso estar comigo naquela cozinha para se perceber convenientemente o tamanho da comoção. Agora que os trabalhos já estão entregues, as noites de pouco sono pertencem ao passado (por enquanto), e os exames são findos, vem à superfície o que se tenta enterrar desde 2013.

Sim, essa famigerada palavra unicamente portuguesa.

Os aniversários e o Natal são sempre as alturas mais difíceis para se estar longe. Quanto mais o tempo passa, mais recursos se vão reunindo para gerir a dificuldade da tarefa. Quanto mais o tempo passa, mais a verdade eterna se torna clara e óbvia: se não me focar única e exclusivamente em Jesus Cristo, de nada vale. Paradoxalmente, quanto mais o tempo passa, mais as saudades se aprofundam e adensam. Acabam por rebentar num pranto cansado quando menos se espera, só por se ver a letra de quem amamos num postal doce e amoroso.

(Suspiro)

Fui presenteada (entre outras coisas) com o último disco da Aline. Para já, esta é a favorita.


Não conhecendo a paisagem a que a autora se refere, penso nos jacarandás de Entrecampos. Sempre que ouço músicas sobre estas árvores, sou transportada para a caminhada habitual que fazia em dias quentes de Primavera, da estação de comboios ao ISCTE.

É, chegámos àquela altura do ano.

Deus nos ajude.

1 comentário:

Maria João Martins Barreiro disse...

Minha querida é tão bom estar neste espaço. Parece que estou ao pé de ti. Parece que te oiço. Saudade... Não me canso de ler... tão bom... Com todo o amor, Mamã