segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Água

Hoje é imperativo que se medito nisto. Mais que ler por alto, tirar tempo para viajar por cada um dos textos mencionados nesta meditação. Registá-los um a um, se tal for possível. Gravar. Beber sofregamente!

"Ó vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite." (Isaías 55:1)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Pronto,


E, por enquanto, deixo as portadas abertas. Está um lindo dia lá fora, deixemos o sol entrar!

Blog?

O facto de ter um blog tem surgido em conversa ultimamente, e isso tem-me levado a pensar sobre ele. Reparo que me é particularmente difícil descrevê-lo; não é um blog de crítica/comentários a alguma coisa, não é um blog-diário, não é um blog de pensamentos profundos... é uma manta de retalhos, um expositor das coisas de que gosto, de pensares e sentires, muitas vezes, evasivos.

Esta reflexão tem criado em mim o desejo por uma nova maneira de registo e de exposição, mais clara e mais inclusiva. A mudança, até nesta coisa pequenina que é um blog, não é muito confortável. Até agora, as implicações parecem incluir uma mudança de domínio, uma nova designação e uma nova postura na composição das palavras. Em mim sempre houve uma resistência ao estranho mundo das coisas que mudam, como se eu não lhe pertencesse.


Mas hoje

        há uma coisa nova em mim.



segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

To sing my heart out

"Tiny tots with their eyes all aglow, 
Will find it hard to sleep tonight."



Crystal Lewis - The Christmas song


Melvin Tormé and Robert Wells wrote such a wonder of the world.


Os dons

Os dons são para servir. Desengane-se o meu ser se sente ou crê, no íntimo dos íntimos, que os dons são para promoção e/ou bajulação. Os dons são para usar, são para gastar, são para abusar no dar. Os dons são para trabalhar!

Os dons são para alimentar, são para nutrir. Os dons são para aqueles que estão em redor usufruirem deles, sem restrições. Se há a consciência de se ter um dom, embrulhe-se isso em grandes quantidades de amor e distribua-se indiscriminadamente. 

Os dons são para agir.

domingo, 22 de janeiro de 2012

To be translated

"Some things you have to believe, 
But others are puzzles, puzzling me."


Coldplay - Speed Of Sound


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Dois dois ♥

Um dois e outro dois.
Dois e dois.
2+2.
Vinte e dois.

Como é possível, isto? Duas décadas e dois anos? O quê?!
Uma vida tão cheia mas tão curta. Tantos anos que voaram, correndo! E continuam a desenrolar-se a uma velocidade impressionante, continuam a ser vividos com tamanha intensidade!...

22.

E eu sinto-me cada vez mais pequena perante o futuro, cada vez mais impotente, a precisar de cada vez mais arranjos, a almejar uma maturação cada vez maior. 

22.

Um número delicioso de desenhar, de observar. E com ele, duas (2) coisas: 
   Um Salmo - o 104. Para gravar em mim a Sua soberania.

22.

Sou uma criança, YES! 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O prometido não é de vidro

Querido Deus,

Obrigada pelas Tuas promessas que nunca se quebram. Obrigada pelo Teu amor infindável. A tudo o que pedi, anuiste; e tudo o que almejei, concedeste. Fundamentalmente, obrigada pela forma transformadora como as nossas conversas se têm desenvolvido. Orar e caminhar Contigo à frente tem sido por demais delicioso.

Eu queria escrever mais, melhor; queria explicar mais claramente como tem sido fabuloso descobrir a cada manhã que és Deus, real, eterno e tangível. Mas hoje só consigo este apontamento. 

Agradeço a Tua imutabilidade eterna. E os Teus propósitos, cumpridos com precisão e doçura, com sabedoria; sempre, sempre, sempre cheios de paz.

E eu oro assim no nome de Jesus, o Cristo, amén.

Aprendizagens

Há a sensatez, e depois há a rigidez.
Há a ponderação, e depois há a inércia.
Há a espera, e depois há o silêncio. E o silêncio é um não em si mesmo.
Há o salto de fé, e depois há a aterragem. Pode ser num chão atapetado de relva ou pode ser num precipício.
Há a confiança, e depois há o cumprimento. Sem falhas, só mesmo Jesus.

Há as decisões, e depois há as consequências. Escolheste assim? Agora aguenta!
Há a dúvida, e depois há a flexibilidade. E isto, ao contrário do que soa, são coisas boas.
Há o querer, o quereres. A bruta flor, como eles cantam.

Há Deus. Soberano sobre tudo. 
Ou seja, soberano até sobre a minha ansiedade, sobre o meu raciocínio, sobre o meu futuro.
Ao menos, lembra-te disso.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Fora de ordem (13)

Mateus 5:29-30 é uma exortação a que se tenha uma concepção mais profunda do adultério. Esta passagem encerra o princípio de que se há algo em mim que me faz tropeçar, cair, cambalear, esse algo deve ser decepado do meu ser, cortado, peremptoriamente eliminado. É um princípio radical e, em certa medida, escandaloso. É difícil aguentar as consequências de uma amputação, seja ela de que ordem for. Se há corte, tal decorrerá em ausência, e lidar com essa ausência implicará novas aprendizagens, novos mecanismos; implicará a adaptação a uma realidade distinta e, numa fase inicial, adversa e repugnante. Os mesmos versículos não nos dizem que aquilo que necessitamos de amputar em nós é mau em si mesmo; pelo contrário, o que é a pedra de tropeço de um pode ser a muleta de outro; estes versos convidam à auto-análise e à decisão peremptória, não por fanatismos, mas pela profunda auto-consciência das fraquezas que compõem a cada um.


Tudo isto para dizer que eliminei definitivamente a minha conta no facebook. Segundo o site, ainda terei 14 dias para reconsiderar. Depois disso, nem um resquício da minha conta (embora se saiba bem que a minha informação, irrelevante, ficará armazenada como aqui se conta). Só sentirei verdadeiras saudades do que ali se partilhava em secreto, e dos mimos que trocava com os meus queridos que estão muito longe. De resto, entre a procrastinação e o descuido, entre o falso acompanhamento da vida das pessoas e a cábula para recordar o dia mais notório das suas vidas (o primeiro), só suspiro de alívio.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Inverno-Isaías

"No caminho dos Teus juízos, Senhor, temos esperado por Ti; no Teu Nome e na Tua memória está o desejo da nossa alma." 
(João Ferreira de Almeida)

"In the path of Your judgments, O Lord, we wait for You; Your Name and remembrance are the desire of our soul." 
(English Standard Version)


"We’re in no hurry, God. We’re content to linger in the path sign-posted with Your decisions.
Who You are and what You’ve done are all we’ll ever want." 
(The Message)

"Senhor, temos esperado por Ti no caminho dos Teus juízos; o Teu Nome e a Tua reputação são o desejo da nossa alma."
(Almeida Século XXI)



Isaías 26:8





sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

My new year's resolution # 8 is...


...to read, read, read! Not because i'm obliged to do it but, simply, so i can grow. With the help of a dear friend, i decided to start with Philip Yancey's book "Prayer - does it make any difference?"

"Be still and know that I am God" (Psalm 46:10). "To let God be God, of course, means climbing down from my own executive chair of control. I must uncreate the world i have so carefully fashioned to further my ends and advance my cause. (...) If original sin traces back to two people striving to become like God, the first step in prayer is to acknowledge or 'remember' God - to restore the truth of the universe. 'That Man may know he dwells not in his own,' said Milton."

"In prayer i shift my point of view away from my own selfishness. I climb above timberline and look down at the speck that is myself. I gaze at the stars and recall what role i or any of us play in a universe beyond comprehension. Prayer is the act of seeing reality from God's point of view."


Thinking and reading about prayer has been quite extraordinary, especially because i'm discovering this utterly lovely language. 
Yet, grow in and trough praying has been the best part ♥ 

Fora de ordem (10)

Pela graça do grande e poderoso Deus, há poetas que me traduzem, há compositores que me traduzem, há intérpretes que me traduzem. Não só isto, como também me deixam atonitamente deliciada com a música que fazem brotar dos seus instrumentos.

Eis o quinteto maravilha (George Coleman, Herbie Hancock, Ron Carter, Tonny Williams e Miles Davis) a interpretar este "I fall in love too easily", do álbum Seven steps to heaven (♥ ♥ )


E eis o original (de Jule Styne e com letra de Sammy Cahn), interpretado pelo maravilhoso Frank Sinatra (no filme Anchors Aweigh, onde se ouviu esta canção pela primeira vez).





"I don't think it's so terrible."

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Verão '11 - Homens

(temo muito escrever este texto, mas é imperativo que o escreva)

Se houve um último aspecto que marcou o Verão passado foi, com certeza, a compreensão deste facto: ainda há homens no mundo

(uma pequena pausa para rir e tomar balanço na redacção)

Ainda há homens no mundo. Mas homens a sério. Homens que não são meninos reguilas, traquinas, despreocupados, sem objectivos; homens que não são indecisos ou atormentados por expectativas. Ainda há homens que tomam decisões conscientes, que buscam a vontade de Deus para as suas vidas, que sabem ser cautelosos e esperar, e que sabem agir quando assim tem de ser. Ainda há homens no mundo. Há homens que, num período de 10 dias, resolvem um casamento. Há homens que, num período de 8 dias, conquistam corações e são prometidos. Há homens cultos, que sabem conversar, que têm opiniões construídas sobre o que os rodeia. Ainda há homens no mundo. Há homens que riem, que brincam, que respeitam, que honram os compromissos. Há homens que se vergam perante o seu Senhor, homens que lêem, que se preocupam em estudar a Bíblia profundamente. Há homens que se sacrificam e fazem o que tem de ser feito, mesmo que não seja isso aquilo que mais gostam. Ainda há homens no mundo que, tendo medo de se expôr, fazem-no; pelo bem da verdade e daquilo que querem construir. Ainda há, note-se!, cavalheiros, homens educados e de palavras aprazíveis.

Durante vários anos julguei que eles não existiam, que a fábrica que os produz tinha declarado falência e fechado, para sempre. O Verão passado foi a prova cabal de que tal não é verdade. E não me refiro só a homens crescidos, chefes de família. Refiro-me também a homens jovens. E também a homens adolescentes, que só agora começaram o caminho para se cumprirem.

(uma pequena pausa para rir e suspirar)

Mas, graças a Deus!, ainda há homens. E eu vi muitos, no Verão de 2011.

Verão '11 - Terras quentes

Foi no Verão passado que, pela primeira vez, coloquei os pés no Alentejo (apesar de não me ter aventurado muito para o interior). Desde o primeiro instante, tudo foi puro amor. O ar quente, o cheiro adocicado, as pessoas pacatas, o tempo, tempo, tempo, espraiado!... Os bichos molengões, as noites frescas, o céu imensamente estrelado. As árvores baixas, as sombras apaziguadoras, e o pôr-de-sol numa varanda de altíssimas delícias! Ali, no meu primeiro contacto com estas terras quentes, confirmaram-se as existências que atencederam a minha, acordando em mim a costela do meu remoto bisavô alentejano, em sobressalto. Sim, eu sou do campo, eu sou do quente, e o meu coração descobriu um lugar novo para chamar casa.

Também foi no Verão passado que, pela primeira vez, tive real e intenso contacto com gentes algarvias (apesar de já ter estado no Algarve há uns valentes anos). O seu sotaque ímpar, a sua franqueza simples, o riso fácil que acompanha uma timidez cautelosa... A forma como se vão deixando conquistar, vagarosa e cuidadosamente, e o abraço que abrem quando, mutuamente, temos os corações entranhados, as expressões de genuíno carinho e a descontração de quem vive tranquilo... Tudo neste povo me encanta e me deleita, e só alimentam em mim a vontade de visitar Alfandânga, Olhão, Fuzeta, Faro e outros locais que tais, indo para perto dos amigos (os campistas e os crescidos), que me alimentaram de calorosa alegria. Sim, eu sou da praia, dos chinelos, dos pés descalços, dos risos que se vão conhecendo cada vez melhor.

A minha casa é, definitivamente, uma terra quente.

2012

Four days have already passed since 2012 began, and i still couldn't reconcile on how to reboot this blue window, one that has become increasingly covered by drapes of shyness. Nevertheless, one thing  i knew for sure: i wanted this new year of posting to start in this foreign language. English will never be the language of my soul, i know it for a fact; but it's a language i'm learning to love, savor and treasure. Besides, it's always a good thing to ponder, write and ramble in a new language. It provides a new pliancy to the heart (not to mention the brain).

English is also the language in which this article is written. "Trading One Dramatic Resolution for 10,000 Little Ones" sums up much of what i've learned recently in a very powerful way. I hope you can take some time to read it all, but can't resist to leave you with my three favorite paragraphs:

"But the reality is that few smokers actually quit because of a single moment of resolve, few obese people have become slim and healthy because of one dramatic moment of commitment, few people who were deeply in debt have changed their financial lifestyle because they resolved to do so as the old year gave way to the new, and few marriages have been changed by the means of one dramatic resolution."

"The little moments of life are profoundly important precisely because they are the little moments that we live in and that form us. This is where I think "Big Drama Christianity" gets us into trouble. It can cause us to devalue the significance of the little moments of life and the "small-change" grace that meets us there. And because we devalue the little moments where we live, we don't tend to notice the sin that gets exposed there. We fail to seek the grace that is offered to us."

"And what makes all of this possible? Relentless, transforming, little-moment grace. You see, Jesus is Emmanuel not just because he came to earth, but because He makes you the place where he dwells. This means he is present and active in all the mundane moments of your daily life." 

And this immediately reminded me of this idea who has grown on me: "Matthew (echoing the prophet Isaiah) makes sure we hear the name of this One who is coming for us: Immanuel. There’s a whole world of hope in that name." (Near, by Winn Collier). If all the other new year's resolutions fail, i hope i can stick to this one: to remember Immanuel in all my ways and allowing His will to prevail in all my little moments. 

Welcome, 2012!