segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Verão '11 - Adolescentes

Os adolescentes nunca foram as minhas pessoas preferidas, até este Verão. Tinha bastantes problemas em conversar com eles, compreender as suas crises e palavras, acompanhar os seus desvarios, chegar até eles. Ora, isto constituía um grande (grande!) problema, não apenas enquanto cristã (que, por definição, ama a todos), mas enquanto líder de um grupo destes adolescentes. Só me ocorreu pedir-Lhe ajuda; "ajuda-me, que sozinha não consigo amar estas pessoas! Dá-me paciência, ensina-me como posso gostar deles!"

Nos entretantos, fui conversando com pessoas que me podiam instruir nesta área, procurando documentar-me e preparar-me para aquelas semanas de férias a mentorear meninos e meninas entre os 13 e os 16 anos. A transformação mais significativa, porém, não adveio dessas conversações. Quando comecei a mergulhar na literatura para adolescentes, compreendi que em muitas (muitas!) coisas sou extremamente parecida com eles. Quando comecei a mergulhar na "literatura" que produzi enquanto adolescente, compreendi que, ao contrário do que me dizia a memória, eu já percorri o caminho em que eles agora estão. E "eis quando senão" uma coisa inédita acontece: a sua outrora aborrecência desata a entranhar-se no meu coração, dando-me um tremendo gozo e à vontade, nunca antes experimentado por mim.

Subitamente, conseguia conversar, rir, exortar, ser companheira, ser palhaça, estar entre adolescentes confortavelmente, e amar muito as suas idiossincrasias... É quando pedimos a Deus que nos ensine a amar os outros que Ele nos abre os olhos para as coisas maravilhosas que nos outros habitam. E nem consigo contar ou descrever as coisas lindas que os meus olhos (bem abertos!) viram este Verão, na vida breve de tantos adolescentes.

Os adolescentes nunca foram as minhas pessoas preferidas, até este bendito Verão de 2011. E quão bom é saber que este amor se prolongará indefinidamente, até que ele esteja aqui de novo.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Verão '11 - Palavra

Desde cedo na minha caminhada cristã que ouvia os mais crescidos (na fé) dizerem que Deus fala connosco e revela a Sua vontade aos que O buscam. Durante alguns anos estas palavras eram misteriosas para mim: como pode ser isso? Ouve-se mesmo uma voz? Há efectivamente alguém que nos enviam mensagens explícitas sobre seguir o caminho da direita ou o da esquerda?

Pude experimentar as respostas a estas perguntas durante este Verão. Sim, é verdade, Deus fala connosco. Sim, é verdade, de forma explícita e inegável. Quem me lê pode ser levado a pensar que foi a primeira vez que vivi este tipo de experiências; não é bem assim - quando dedicamos mais tempo a conversar com Deus sobre aquilo que Ele gosta, aquilo que nós gostamos e como é que estas duas coisas podem co-existir, vamos percebendo melhor quais são as direcções que devemos imprimir às nossas decisões. Por isso, não vivi as respostas àquelas perguntas pela primeira vez. Porém, a intensidade, a clareza e a especificidade do Papá em cada momento são mesmo difíceis de descrever; este Verão trouxe um novo modo de olhar para a Sua Palavra e para a sabedoria que dela emana.

Não encontro adjectivos que façam jus à maneira como Ele falou a grupos de meninas, a duas meninas, a adolescentes ao redor de uma fogueira, a conselheiros no final de um dia extenuante, em varandas, em sofás, em pinhais, em quartos, em planícies alentejanas... Estar no centro daquilo que Ele deseja traz uma grande dose de revelação. Uma grande dose de revelação traz uma imensidão de espanto. E um tão grande espanto só resulta numa profunda paixão por Jesus.

"Visto como na sabedoria de Deus o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação. Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos (...). Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são (...)"

I Coríntios 1:21-24; 27-28

sábado, 10 de setembro de 2011

Verão '11 - Amor

O amor pintou este Verão de forma declarada e abundante! Não só pelo número de namoros que tiveram início, mas também pelos namoros tornados noivados, pelos noivados tornados casamentos, e por aquilo que, através da Sua Palavra, o Senhor declarou sem cessar.

É preciso agradecer ao Dono do Céu pelas famílias que, no segredo de uma oração, tiveram início neste frutífero Verão (umas mais verdinhas e outras mais maduras na sua caminhada). É essencial dar-Lhe graças pelas Suas declarações audazes: que a espera traz uma descendência feliz, que as promessas não serão esquecidas nem falharão, e que, no meio de tanto mel, o objectivo é um e um só: que nasça uma nova geração de adoradores que adoram o Pai em espírito e em verdade.

No fim, é tudo por Ele, dEle e para Ele; só.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Pessoas

As minhas pessoas são as melhores e mais abençoadoras. As minhas pessoas são amadas por mim e são colocadas aos pés do Papá de dia em dia. As minhas pessoas foram usadas por Deus para fazer do meu Verão um tempo de crescimento hardcore. Algumas das minhas pessoas nem sempre o foram, porém, agora inundam a minha alma e fazem-me crescer: as minhas pessoas-adolescentes.

A minha vida está repleta de pessoas bonitas, por causa de uma Pessoa só, que se deu por elas.

E eu tenho a melhor vida. A melhor de todas.
Não é um devaneio, é um facto.