terça-feira, 26 de maio de 2009

É proibido fotografar no comboio.


Hoje estou com poucas palavras.
(Mas tenho fotografias de verões passados, como esta, de há dois anos)

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Atravessar pontes

Pocaterra, pocaterra, é o que o comboio já não faz. Nem expulsa mil vapores, nem veste escarlates cores que sejam visíveis a grandes distâncias. Agora desliza, suave, soltando uma aguda fricção com os carris de quando em vez. A sua locomoção é um sopro contínuo e forte, baptizado com apitos maquinais à chegada e à partida.

… Que importa a corrupção do romantismo de um comboio antigo? O comboio permanece e cresce nesta humana temporalidade. E enquanto ele houver posso mergulhar os meus olhos na infindável beleza, estranha e rara, do meu Tejo. Esse Tejo que reluz com o sol e se enegrece com o nublado do dia, Tejo que inspira canções e rabiscos destes.

Tejo que saboreio manhã após manhã, sôfrega e alegremente; eterno Tejo, enquanto houver comboios.
19 de Maio de 2009

sábado, 16 de maio de 2009

Outra coisa que aprendi

É que sou capaz de engolir sapos. Engulo-os sem chatices, os grandes e os pequenos, ainda peço desculpa por ter necessidade de degluti-los. Depois enrolo-me para dentro de mim e deito lágrimas pelos olhos. Invariavelmente. O processo acaba quando respiro fundo e vomito o sapo inteiro, mal cheirosamente divido em pequeníssimos pedaços.

Quais os senões desta minha característica? Primeiro, o meu estômago é frágil e ressente-se, fico mal disposta durante meio-dia. Segundo, às vezes não aguento suster a respiração e o sapo é vomitado para o lado errado… Lá tenho de utilizar o balde, a esfregona e o CIF, para tirar o mau cheiro.

“Há que limpar”, até tudo ficar reluzente, como previamente se encontrava.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Esta madrugada escrevi assim (6)

Tenho brilhos a bailar nos olhos, cintilantemente curiosos. És tu, dividido em dois, repartido em pontos luminosos e espalhado por estes oculares globos que a mim pertencem. Resolvi fazer-te voar quase cento e vinte e oito quilómetros para bem perto de mim, para dentro dos espelhos da minha alma; e resolvi também desfazer-te em pequenos pedaços de luz para me abrilhantar a alma.
22 de Abril de 2009

domingo, 10 de maio de 2009

(sem título)

Nádia - ainda?!...

Andreia - tu já não me conheces? (LOL)

Nádia - Andreia...
ultrapassa!

(engulo em seco e repito muitas vezes)

ultrapassaultrapassaultrapassaultrapassaultrapassaultrapassaultrapassaultrapassaultrapassaultrapassaultrapassaultrapassaultrapassa

domingo, 3 de maio de 2009

Já dizia o rei Salomão

Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer;
Tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar, e tempo de curar;
Tempo de derribar, e tempo de edificar;
Tempo de chorar, e tempo de rir;
Tempo de prantear, e tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras;
Tempo de abraçar, e tempo de abster-se de abraçar;
Tempo de buscar, e tempo de perder;
Tempo de guardar, e tempo de deitar fora;
Tempo de rasgar, e tempo de coser;
Tempo de estar calado, e tempo de falar;
Tempo de amar, e tempo de odiar;
Tempo de guerra, e tempo de paz.

(in Eclesiastes 3:1-8)

Espero que este tempo saudoso passe depressa.