É a palavra de ordem. Toda a minha existência tem girado em torno dela, incessantemente. Em todas as etapas desta vida breve, na totalidade das áreas da mesma, é a esse comando que tenho sido chamada a obedecer. Sempre.
Sim, a maioria das vezes só sei ser inconvenientemente desobediente. É a condição humanamente ignorante que domina as horas, com a sua impaciência característica, com a tremenda ilusão de que consegue exercer algum controlo sobre uma pequena réstia de alma.
Mas a ordem é clara, explícita, relevante. Quando impera o cansaço que a ansiedade dá ao corpo, quando o espírito já não pode mais consumir-se de nervoso, obedeço. Recolho o ego para um lugar em que se anule, respiro, e acato. Dissolvem-se as alergias à paciência em breves lágrimas e instaura-se o que os poros do ser mais anseiam: paz.
“Deixo-vos a minha paz.
E a paz que eu dou não é como aquela que o mundo dá.
Por isso, não se aflijam nem tenham receio.”
João 14:27, in O Livro