sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Música, como viver sem ela? (2)

A música de hoje chama-se Samba Glacial, dos Jacaré, e escusado será dizer que é bem gira! O vídeo tem um pouco de ruído, mas são as condições inerentes aos concertos. “Não há nada a fazer! Quem gosta, gosta, quem não gosta…” (coiso; são influencias teatrais.) Deixemo-nos, pois, de conversas e ouçamos o que interessa.

Um beijinho;
saboreiem*



terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Do dia, A retrospectiva

Neste momento a casa está embebida num completo silêncio. Os irmãos estão deitados e os pais, ausentes; fisicamente, claro está. Revejo aquilo a que chamo “hoje”, como já é hábito; no culminar de cada dia a minha mente resolve correr o programa “Retrospectiva / Exame de Consciência”. Este corre sem grandes sobressaltos, relatando os erros e sugerindo correcções para os mesmos, tudo num relatório deveras minucioso mas extremamente subjectivo. Existem sempre tantas coisas que requerem ponderação, tantos pontos de vista, tantas chamadas de atenção.

Hoje o dia foi menos bom, mas não deixou de trazer as lições necessárias e suficientes à sua condição. Por causa do dia de hoje, amo a minha mãe mais um bocadinho (se é que tal é possível), valorizo mais os momentos de comunhão com o Rei dos reis, acordo para o facto de respirar menos vezes do que preciso (e assusto-me com as consequências que isso pode trazer!), sinto (ainda mais) a saudade que os amigos deixam, verifico que nada sei acerca de perdoar e constato que preciso de aprender a fazê-lo mais vezes (rapidamente), admito que existe validade nas atitudes que conduzem às acções exteriores a mim… e (pela primeira vez) vejo mais do que as aparências permitem mostrar.

Afinal, hoje o dia não foi assim tão “menos bom” quanto isso.
(A reflexão dá nestas coisas)


Um beijinho*


P.S. A porta que fotografei é a deste teatro. (A publicidade é viciante!)

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Horizonte

Ó mar anterior a nós, teus medos
Tinham coral e praias e arvoredos.
Desvendadas a noite e a cerração,
As tormentas passadas e o mistério,
Abria em flor o Longe, e o Sul sidério
'Splendia sobre as naus da iniciação.

Linha severa da longínqua costa -
Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto, abre-se a terra em sons e cores:
E, no desembarcar, há aves, flores,
Onde era só, de longe a abstracta linha.

O sonho é ver as formas invisíveis
Da distância imprecisa, e, com sensíveis
Movimentos da esp'rança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte -
Os beijos merecidos da Verdade.

Fernando Pessoa




(O melhor da Mensagem, na opinião de uma leiga)


Um beijinho*

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Música, como viver sem ela?

Não existem palavras para descrever o meu estado de espírito ao ouvir esta composição, que me foi dada a conhecer por um amigo. (Abençoado amigo!). Limito-me, por isso, a partilhá-la com o caro leitor e/ou a cara leitora.
Sit back, relax and enjoy. ( "a língua inglesa fica sempre bem" )
Um beijinho*
P.S. E mais uma vez o editor recusa-se a assinalar os parágrafos!!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Das saudades que tenho .

Amiga, das saudades que tenho tuas, ninguém sabe.

Das saudades que sinto das nossas partilhas, do pesar que é não saber nada teu há tantos dias, ninguém sabe; só Ele sabe. Das vezes em que o meu pensamento se dirigiu para ti hoje, a mais marcante foi aquela em que me lembrei do que uma vez me disseste: “Só é possível exigir das pessoas aquilo que elas são capazes de dar”. Esta frase amaciou o meu coração hoje, quando eu precisava, sem tu o saberes.

Amiga, da necessidade que tenho de te dizer estas coisas de forma audível e poder ver nos teus olhos a nossa cumplicidade, só mesmo Deus é que sabe. Só Ele sabe a falta que me fazes.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Gosto (mesmo muito) de teatro, logo divulgo!

De 8 (ou seja, amanhã) a 24 de Fevereiro sucede a 12ª Mostra de Teatro de Almada! A não perder. Aqui é possível encontrar todas as informações necessárias. Chamo a atenção para a participação mais especial desta mostra, dia 24 de Fevereiro, sendo esta minha afirmação extremamente suspeita, por me declarar fã de um grupo de teatro de quem já fui membro (e digamos que continuo a infiltrar-me de quando em vez, cof!) Informação retirada do site oficial.


"SINOPSE:
Esta peça do poeta brasileiro João Cabral de Melo Neto tem como base formal as canções populares do Nordeste, terra de retirantes, de seca e de miséria sem fim. O autor através do discurso visual e simbólico do teatro, defende que a vida de miséria sofrida pelo pobre tem um sentido espiritual profundo e assim a morte dos miseráveis, dos sem-terra origina a vida que renova a terra e a própria vida. Deste modo, a peça acaba por ser uma peça de Natal, de glorificação da pobreza, de recuperação do sentido positivo da vida. No tempo em que foi escrita, fase de intensas lutas sociais dos camponeses do Brasil (de que o Movimento dos Sem-Terra é uma continuação), Morte e Vida Severina foi também uma advertência à Igreja do Brasil, no sentido de que deveria ser “A Igreja dos Pobres”. João Cabral de Melo Neto insere na peça um conjunto de blocos em maiúsculas explicando o que vai seguir-se e o seu significado. É uma questão de tentar perceber essas ligações.
FICHA TÉCNICA:
Encenação e Dramaturgia: Manuel João
Interpretação: Joana Freitas, Catarina Rocha, Rita Miranda, Guilherme Ferreira, Raquel Machado, Pedro Gonçalves, Nádia Mota, Sara Freitas e Pedro Cortes
Cenografia : Colectivo Teatro & Teatro
Figurinos : Pedro Cortes, Graziela Sousa, Sílvia Sousa e Rita Miranda
Desenho de Luz e Som: Manuel João
Operação de Luz: Pedro Cortes
Grafismo: Pedro Cortes e Rita Miranda
Fotografia: Pedro Cortes e Rita Miranda
Montagem de som: Luís Batista
Movimento: apoio de Maria João Garcia
Voz: apoio de Pedro D’Orey"
Estão feitos os avisos, as publicidades, os convites, tudo!
Apareçam que vai ser bonito (posso garantir!)
Um beijinho*
P.S. Estou extremamente irritada com este editor dos posts, que não coloca as imagens a meu gosto nem faz parágrafos decentes. Blerk!

O amor talvez seja uma música que eu gostei .

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

PARABÉNS (irmã)!


Parabéns irmã. Já és maior de idade. Já és responsável pelos teus actos e a tua opinião já é tida em conta pela restante sociedade (que mania esta de estabelecer tantos estatutos para determinada idade, quando antes destes 18 já tu eras um exemplo nos campos atrás referidos).

Não há muito mais a acrescentar ao primeiro parágrafo que tu ainda não saibas. Que te amo, que me marcas hoje como marcaste desde o primeiro acampamento onde nos conhecemos, que és fulcral e que pintas os meus dias com o teu ser especial, são coisas que repito incessantemente.

Por isso, aproveita este teu dia, partilhado com aquelas que te são essenciais, quer estejam pertinho ou não; agradeço-Lhe sempre por te ter criado. Parabéns irmã (mesmo irmã). Estás crescida, e não é de agora.


Um abraço apertado, exclusivo. *

Acerca do querer ir estudar para a minha terra


Ontem à noite deitei-me a pensar acerca desta questão, esta de querer tanto tirar o meu (mal) afamado curso para aquela que é a minha terra. Ao partilhar este sentir com aqueles que me rodeiam, os familiares e os amigos essencialmente, dou com todos eles a fazerem as mesmas perguntas, a terem as mesmas reacções, a quererem manter-me geograficamente perto por bem ou por mal. Assim, ponderei os seus argumentos como nunca antes tinha feito; analisei as suas críticas, os seus incentivos, as suas conclusões. Seguiu-se este rabisco no bloco:

FAQ ACERCA DE PORQUE É QUE QUERO IR ESTUDAR PARA LONGE

1- O quê? Tão longe?

Sim, e não. É um pouco longe, mas não tão longe como parece. Não é que vá para a China! Vendo bem é já aqui ao virar da esquina, a (aproximadamente) 390 km de distância. Coisa pouca!

2- Onde vais ficar indo para tão longe?


Em casa dos meus avós com quem tenho passado pouco tempo destes anos; aquele é o sítio ideal.

3- Olha que não! (Já está mais que visto que esta objecção é materna) A casa dos avós é um alvoroço! Recebem visitas constantemente, não terás um quarto só teu, nem todas as comodidades a que estás habituada. O teu espaço não será fixo, e não sei se terás tanta tranquilidade como a que encontras na tua casa.

Este é um argumento forte, muito forte. Mas creio que necessito de aprender a abdicar do conforto e das coisas que tomo por garantidas para atingir um objectivo maior e meu. Preciso de arriscar, aprender a conviver com algumas adversidades (que, pensando bem, não vão ser assim tantas!). Quero começar a voar um bocadinho.

4- Ah! Já estou a ver porque queres ir para lá... Há interesses amorosos pelo meio, não é?

Até se poderia dar o caso, mas na verdade, não. Seria fútil e insensato da minha parte mudar-me por causa de um simples "interesse amoroso". Se houver alguma coisa deste género a influenciar-me, é mesmo o amor que tenho por aquela região, essa que me viu nascer e pela qual me sinto fortemente atraída, nem sei bem porquê.

5- Então e os teus amigos, os teus pais, vais conseguir aguentar?

Não sei. Todas as minhas verdadeiras amizades sobreviveram a esses factores ditos letais, nomeadamente a distância, que não me intimida. O mais difícil de suportar serão as saudades, que doem; a verdade é que anseio por conhecer novas gentes e passar mais tempo com quem pouco partilho. Os pais, os amigos, a família, não deixarão de ter esse estatuto por me afastar fisicamente durante uns tempos.

6- Mas é mesmo preciso ser ali?

Sim; aquele é um local que quero descobrir, desbravar, tornar meu. Quero habitar ali mais do que um mês, criar laços com sítios mágicos, voltar a uma das minhas raízes. Ali todas as condições são favoráveis para o meu crescimento, e para a quebra das rotinas tão instauradas na minha existência. Ali, aprender a viver por mim, verdadeiramente.

-*-

Tudo isto fez com que os prós e contras se consolidassem e originassem uma visão mais conscienciosa daquilo que quero fazer. Apesar de ser um desejo grande, deixarei o futuro para Quem se encarrega sempre dele. O que daí vier, será o melhor para mim.


Um beijinho*

Esta madrugada escrevi assim


Já passou tanto tempo desde que conheci M., desde que esperei por notícias suas, desde que desejei muito falar com ele, que o encanto se evaporou, a vontade voou em direcção ao céu azul e desapareceu. Esqueci-me por completo do quão extasiada me senti naquele tempo, quão bom para a minha alma foi aquela ponte construída em direcção a outro ser. Da memória, varreram-se as sensações e sentimentos em mim retidos durante aquele longínquo Verão.


Senti tudo isto até encontrar um cofre seguro que havia criado, um local selado e imune ao tempo: uma folha cheia de palavras. Estas guardaram todas aquelas emoções carregadas que me coloriram os dias. E ao lê-las, assustei-me com o poder do tempo e da ausência. Porque, o que naquelas palavras se revelava eterno, hoje, aqui, sente-se perfeitamente efémero, tal como uma boa parte das coisas. Ficam as memórias, acesas naquelas linhas e nos momentos que as torno a ler. Continuando a ausência, com o passar do tempo tudo se esfuma num céu azul sem ponto final.

Um beijinho*