quarta-feira, 28 de março de 2007

Foto de hoje, da minha Piek, da nossa tarde óptima! (':




Há já algum tempo que ando desleixada com os posts deste blog.
As férias são assim. As pessoas pensam que entraram num período relativamente satisfatório de descanso, mas surgem convites, responsabilidades e tarefas para cumprir de todos os lados.
Dadas estas circunstâncias, tenho dedicado o meu tempo a prazeres outrora largados, tenho despendido horas a nada fazer, tenho preenchido os meus dias com vivências enriquecedoras.

Por isso, nada de escrever nem seleccionar fotografias, expondo pedacinhos de mim.
Fica aqui uma réstia do reflexo do cansaço, depois de um dia bem vivido, como se querem todos.

Assim que a disponibilidade cerebral para estas coisas voltar, regressam também os posts minimamente decentes.



Um beijinho* (ah! E boas férias.)

sábado, 17 de março de 2007

Isto está na porta do frigorífico da minha tia Alice. É, provavelmente, obra da minha prima Ana Carolina. Eu acho que é para um anúncio de uma pasta de dentes. E vocês?








Apetece escrever.
Sim, apetece.
Apetece premir, tecla a tecla, letra a letra, aquilo que comporá as palavras, que por sua vez se irão dispor, perspectivando um texto, ou algo que se pareça com um.
Tanto apetite e tão pouco para dizer, tão pouco para exprimir, expor e fazer ouvir.

Não, não tenho histórias que fazem chorar não só as pedras, mas também os lixos da calçada, não estou a ultrapassar nenhum momento particularmente complicado (a palavra do momento, juntamente com variadas conjugações do verbo ser ou estar; mais precisamente ‘é’, ‘está’ ou ‘isto está’ e ainda ‘realmente é’).
Não constatei nenhuma realidade social que ainda não tivesse sido criticada.
Não, não tenho mesmo nada de novo que acalme, ou silencie, este apetite de escrever.

Mas, e porque existe sempre um mas, posso sempre tentar descrever um acaso mais banal, mais superficial, mais comummente apelidado de cliché, como um anoitecer.
Um pôr-do-sol, um céu estrelado, um aglomerado de constelações, uma aragem fresca a arrepiar os pelinhos da nuca quando se presenciam tantos milagres ao mesmo tempo.

É verdade, posso tentar. Mas não há palavras que me valham.

E a sede de escrever, o apetite, a vontade, permanece. Tentando conter-se, inspirando e expirando regularmente, sentadinha num cantinho do ser, intentando não se ouvir.

(Adormeceu. Agora, por favor, não façam barulho. Se ela acorda não há mais maneira de a calar.)






Um Beijinho*






terça-feira, 13 de março de 2007

Sintra


Hoje, só uma imagem.

Existem alturas em que damos férias às palavras.

*

quarta-feira, 7 de março de 2007

A Rosa


A música embalava, suave.
Fazia esquecer os erros e o cansaço de mais um dia.
A música envolvia e eliminava os ruídos exteriores das máquinas e das teclas, até ao furo no peito provocado por uma situação pendente.
Suspirou. Respirou. E desejou estar numa praia, passeando ao luar, com a aragem quentinha a percorrer-lhe cada poro e a balançar-lhe os cabelos.
Verificou as horas e apercebeu-se das inúmeras tarefas que ainda teria de cumprir antes de culminar o dia e repousar.
O piano cantava sempre os mesmos acordes, mas sabia bem ouvi-lo; sabia a maresia, a amigos e a saudades.

Atingiu o cerne da questão. As saudades. As infindáveis, as infinitas, as insolúveis saudades. Levantou-se, pegou nas chaves e na carteira e saiu. Correu ao encontro do comboio, e apanhou-o instantes depois. Ia finalmente encontrar-se com quem tanto desejava.

Consigo mesma.
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Um beijinho*