terça-feira, 26 de dezembro de 2006

Estava frio, na casa da Carlinha (:


Este ano não me apeteceu consciencializar as pessoas para o verdadeiro significado do natal, nem fazer um post a desejar um bom ano novo, nem nada dessas coisas já tão habituais, e que de alguma forma começam a perder o significado.

Para os visitantes regulares deixo, como é óbvio, uma vénia grande por ainda lerem este humilde blog q: e o desejo de que se divirtam imenso enquanto o terror dos horários escolares não nos atormenta.

Vim cá apenas para me despedir formalmente, visto que pela primeira vez na história da minha existência vou ao Retiro de Fim de Ano, no fabularinário Acampamento de Água de Madeiros (dá pulos de alegria, enquanto se ri de uma forma um tanto-ó-quanto … parvinha).

Vão ser os melhores dias das férias inteiras, sem contar com os momentos na casa da Avó Anita, a coreografar músicas em silêncio com a Primoca, a rir com o papá e com a mamã pela webcam, a dar massa ao Afonso enquanto ele queria arroz, a tirar fotografias ao tio com o gorro das neves que o outro tio deu à sobrinha … e etc. x’D

Então, até breve para quem não verei durante uns dias, e até amanhã para a Kala, o Zaqueu, a Sara Gaspar, a Sofia e mais umas quantas pessoas que têm o mesmo privilégio que eu ! :’D






Beijinho*



P.S. Eu não sei se a Senhora Prozac e a Lilo vão, mas que eu gostava que elas fossem e que ficássemos novamente no quarto 24, ai isso gostava. (E MUITO!)

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

TRIBUTO À FAMÍLIA, MAIS PRECISAMENTE, AOS 'IRMÕES' E AOS PRIMOS
Cristiana, Ana Carolina, Afonso . (A Cristiana e o Afonso são 'irmões') .

Erik.


Iara , Erik .



Meio-Marcos , Erik .


Ana Carolina .


Ana Carolina, on fire .


Afonso.




Marcos , Afonso.





Marcos , Afonso.



Marcos , Afonso.




Marcos , Afonso.




Iara (a Iara é (pseudo)ginasta. Por isso é que está tão pintada)


Iara , Afonso.


Emília Mitocôndria , Ana Carolina.


Eu , Ana Carolina.


Faltam aqui, entre muuuuuitos outros, o Milton (irmão da Ana Carolina) e mais fotografias da Cristiana que aparece poucas vezes.

Grande família esta. Literalmente.

(é necessário esclarecer que são t-o-d-o-s meus primos, excepto o Marcos e a Iara)




Beijinho*

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

É (mesmo mesmo mesmo) bom ter uma máquina fotográfica.



Abri o Word e desatei a pensar na maneira mais correcta de rechear uma folha inteirinha deste documento.
Sim, acho que uma folha chega para explorar as minhas tentativas de expressão.
(Paro e fico a olhar para o ecrã e para o teclado com uma carinha a tender para o palerma sem saber que letras combinar, que frases reordenar).

Bocejo e espreguiço-me.

Não quer sair. Ainda para mais a mamã frisa que já é tarde e que tenho de desligar o computador. Ouço os seus passos a dirigirem-se para a sala; repete o repetido.

A olharem para mim, as paredes e as cortinas e as janelas e a varanda, fazem lembrar e pensar em todas as ocorrências que presenciaram.
Agora, só observam o esforço que faço para me espremer, e exprimir.

O piano trauteia baixinho, também aquele pensamento tendenciosamente proibido, adjacente a ti. Irrita-me que surja um sorriso sorrateiro, um batimento acelerado e tantas tolices juntas, só de rememorar.
Te.


(Só apinhei um terço da folha.)



Beijinho*

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

' Mostra os dentes, Afonso.' (no jogo de Basquet do mano Marcos)


Tanta vez que eu já vi
Lá fora um par sorrir
Com as mãos dadas ao luar.
E a luz cobre-os como um véu.
(Parecia quase a luz do céu)
Eu queria tanto amar!
Amar com tal fervor.
Eu queria tanto esse amor!
Mas sou um monstro
E no meu véu,
Não desce nunca a luz do céu.

De súbito, um anjo, sorriu pra mim.
E deu-me um beijo sem nenhum pavor.
Ouso sonhar assim,
Com um secreto amor.
E quando o sino repicar...
A escura torre vai brilhar.
Vejo descer a luz do céu.


Quasimodo in O Corcunda de Notre Dame



Gosto particular, especial e indefinidamente dos filmes da Disney.



Um Beijinho

sábado, 2 de dezembro de 2006

'Falei com quem estivesse para ouvir. Mas não estava ninguém.
Falei porque já não consegui aguentar calada.
Falei por acreditar numa ilusão. Acreditei que alguém, aqui, se interessava.
Mas não.'

Perdoa-me a ausência, a inconstância, perdoa-me não saber dizer as coisas certas para te fazer sorrir.

Apesar de tudo isto, apesar de já não manejar as palavras correctas nas alturas necessárias, apesar da dificuldade acrescida que é organizar-me para irmos passear, apesar disso, o que sinto em relação à tua pessoa não mudou um nanómetro.

Continuas a ser a menina que me deu a mão e que não me largou mais, que tinha os mesmos sonhos, ambições e problemas, cuja empatia foi completa e imensa à primeira vista.
Continuas a ser um pedacinho crucial da minha existência, o lego da coluna que suporta a minha construção ainda débil, uma peça de um puzzle que se completa com o passar dos anos, preciosa de se encontrar.
Isto que agora te dói e aperta, vai passar. O Inverno não é para sempre, nem as lágrimas.

Nem vale a pena tentar dizer mais alguma coisa, as palavras em stock já não são as adequadas.

Embora, agora olhando para a tabela de entradas e saídas, me tenha ocorrido que ainda posso regressar à arrecadação e trazer uma outra, tão antiga, tão pequena, mas que diz e demonstra tudo o que quero dizer neste momento.

Já a embrulhei num abraço, e pus um beijinho a servir de laço, era a minha última palavra. Espero que sintas (e gostes) ao receber.

~

Amo-te.


-*-









Só queria que todos vissem.





*

sábado, 25 de novembro de 2006

APONTAMENTO

A minha alma partiu-se como um vaso vazio.
Caiu pela escada excessivamente abaixo.
Caiu das mãos da criada descuidada.
Caiu, fez-se em mais pedaços do que havia loiça no vaso.
Asneira? Impossível? Sei lá!
Tenho mais sensações do que tinha quando me sentia eu.
Sou um espalhamento de cacos sobre um capacho por sacudir.
Fiz barulho na queda como um vaso que se partia.
Os deuses que há debruçam-se do parapeito da escada.
E fitam os cacos que a criada deles fez de mim.
Não se zanguem com ela.
São tolerantes com ela.
O que era eu um vaso vazio?
Olham os cacos absurdamente conscientes,
Mas conscientes de si mesmos, não conscientes deles.
Olham e sorriem.
Sorriem tolerantes à criada involuntária.
Alastra a grande escadaria atapetada de estrelas.
Um caco brilha, virado do exterior lustroso, entre os astros.
A minha obra? A minha alma principal? A minha vida?
Um caco.
E os deuses olham-no especialmente, pois não sabem por que ficou ali.


Álvaro de Campos, 1929
"Não se pode dissecar a alma de um poema"
(Senhor que foi à minha escola recitar poemas de Fernando Pessoa)




Beijinho

segunda-feira, 20 de novembro de 2006



'Não tenho vontade de continuar
Assim, parado, no meu lugar.
Eu quero ir para outra paragem.
Quero seguir viagem (!)

[...]

Estou tão cansado.'




Sono . Os Pontos Negros


(Beijinho)

segunda-feira, 6 de novembro de 2006



Do dia do intercâmbio



O que mais dói, a quem quer que seja, é a saudade.
Por se ter perdido alguém definitivamente ou por apenas se estar longe, saudades doem como … como chagas, ou então como a lágrima solta no ‘adeus’.

O intuito destas palavras, não é transmitir a melancolia (apesar de parecer).
Não estou efectivamente a queixar-me, estou apenas a expressar-me.

O sentimento acumula-se, e deixa o coração meio desacomodado, é bem verdade. Mas a certeza do reencontro, supera todas estas coisas.
Foi bom ter aprendido a estar grata pelo que tenho, visto que estou apenas a uns dias de distância de quem preciso de ver, para que o miocárdio permaneça intacto.

‘Uns dias’ é uma expressão deveras relativa.
E visto deste lado, já falta pouco.

(Não vos parece?)

(Texto de dia 31 de Outubro de 2006)



[ PAUSA NISTO, ATÉ QUE OS APETITES PARA POSTS VOLTEM ] (!)

terça-feira, 31 de outubro de 2006



A minha LIDLa e eu



Hoje não há textos pré-preparados, ou fotografias trabalhadas.
Hoje só há a minha mão estendida para agarrar a tua, que pede ajuda.
Vou estar sempre aqui para ti, como sempre foi e continuará a ser.

Por muito que o teu coração fique estilhaçado, eu farei todos os impossíveis por arranjar a melhor maneira de colocar cada peça no seu lugar primário.

Já vivemos tanto, já passámos tanto, e foi a nossa história que nos tornou no que somos.

Inseparáveis.

(Must Get Out - Maroon 5) (com carícias no cabelo, e o desejo de que tudo volte ao normal)



Beijinho *

quarta-feira, 11 de outubro de 2006


Fotografia das férias , uma das idas à praçinha


O tempo que passou desde que postei aqui qualquer coisa , já foi algum .
E eu começo a ressentir-me por não ter vontade de escrever com frequência , como sucedia antigamente.

Com o início das actividades intra e extra escolares, o tempo escasseia para o lazer e para a futilidade que se torna , a pouco e pouco , sentar-me em frente desta máquina para não fazer nada de útil .

E eis que tu invades delicadamente a minha consciência . Fraquejo e cedo às lágrimas mais vezes, pois as saudades apertam, e sufocam, e doem.
A falta que fazes é indescritível e talvez seja por essa razão que me sinto mais vulnerável. Ainda assim, faço-me forte para o mundo e para as gentes, sejam elas quais forem, cada vez que me perguntam como estás, e quando voltas, e se estou a encarar bem a tua ausência.

Fujo do assunto para não se notarem os olhos marejados de saudade e apertos no peito.
E para parar de pensar no perigo diário que enfrentas , nos desafios e barreiras que ultrapassas, e no sacrifício que aceitas para nos fazeres felizes.

Porém , quando saio da rua e encontro a casa vazia , não estando lá ninguém para me abraçar, dizer o habitual e me reconfortar, sento-me no chão enquanto olho em meu redor, um redor cheio de marcas e sinais teus.

Quando ninguém vê, choro. E peço-te que voltes.

Ouves-me ? #



Um Beijo

*

terça-feira, 26 de setembro de 2006

(A Joana é que tirou)


Tomorrow, if it rains
I will dance in the rain with you.
If it snows we will make snow pancakes and eat them together.
If it’s cold I will warm myself in your smile.
If it’s hot I will cool myself with your slow clear voice.
If there is a fog I will be happy to lose myself for a time.(But please come and find me, won’t you?)


Weather Forecast (tirado de uma ficha de exercícios)

terça-feira, 19 de setembro de 2006

(Fotografia da minha autoria , tempo de férias , passeio na praia com a Nádia)



Desviou-se o paralelo um quase nada
E tudo escureceu:
Era luz disfarçada em madrugada
A luz que me envolveu.

A geométrica forma dos meus passos
Procura um mar redondo.
Levo comigo, dentro dos meus braços, oculto,
Todo o mundo.

Sozinha já não vou.
Apenas fujo, às negras emboscadas.
Em cada esfera desenho o meu refúgio -
- As minhas coordenadas .


As coordenadas líricas * Fernanda Botelho



Fiz um post igual na minha mais recente pancada . Mas eu gosto mesmo deste poema ' fazê o quê ' !

Um Beijo

*

sábado, 16 de setembro de 2006





NÃO HÁ NADA COMO O REGRESSO ÀS AULAS ! :'D
SE QUERES PERTENCER À FAMÍLIA OLÁ , CONTACTA-NOS ! x'D

(Falta aqui o compincha Fernando, que não gosta de fotos . E se, por acaso e muuuuuiita sorte, é apanhado, faz uma cara séria que destoa do resto ! )

segunda-feira, 11 de setembro de 2006

O meu (macro) porta-chaves.

O barulhinho agradável das teclas já é familiar às pontas dos dedos cansados .
Os olhos já estão saturados de algumas banalidades que se processam neste ecrã.
Necessito do impacto do contacto directo, sem intermediários de alta tecnologia.
Quero mais é poder viajar a pé, de autocarro, de comboio ou de barco, ou mesmo de teleférico.
Quero é poder alcançar quem deixei em outras terras (relativamente) distantes, e de quem tanto sinto a falta .

' É isto ! Percebem o que quero dizer ? ' Ou não percebem ?

Um Beijo

*

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Fotogarfia tirada e trabalhada por mim (': no aniversário de namoro dos manos

Eu gosto de várias coisas . (Isto parece-se mesmo com um texto escrito por mim, mas um mim com sete anos)
Mas duas das coisas de que gosto realmente são histórias de amor e amizades a florescer ou em fase de amadurecimento.

Vi
um filme com um enredo a tender para o banal, mas lá está ! era uma historia de amor. Digamos que, apesar de estar com a minha prima em casa sempre a pedir-me para mudar de canal para ela ver outro programa, e de ver o filme com várias interrupções, foi uma das ...
Isto está a tornar-se extremamente foleiro e eu não vou continuar a divagar sobre o quanto gostei do filme e porquê.
Na realidade isso pode dizer-se em poucas palavras.
Gostei e muito, porque sou (muito raramente, mas não deixo de ser) lamexas. (Já foram algumas palavras, não ?)

Parece que acerca deste assunto estou esclarecida (sim, porque uma boa parte das vezes em que escrevo é para me esclarecer. Aliás , há uns tempos estava com
uma grande amiga minha a organizar a mala de um certo e determinado acampamento [brutal!], e pensava alto enquanto arrumava o caderno, a caneta e O Livro ‘Ora bem, já está tudo arrumado, só faltam as coisas sem as quais não vivo em condições’. Como estava com ela, ia ter com os amigos e levava a mochila comigo, não era de todo mentira ! O que é facto é que ela riu-se quando me ouviu, mas dias depois deu-me razão quando ela própria se apercebeu de que partilhava da minha dependência com os suportes de escrita. Era pior se fosse viciada noutras coisas, não ?) (Mais um grande parêntesis. Já nem sei onde parei. Ah! Sim, esclarecida!)

Então só falta falar das amizade a florescer ou em fase de amadurecimento.
Já alguma vez sentiram aquela alegria contagiante apoderar-se do vosso ser, só de ouvir a pessoa do outro lado da linha dar uma gargalhada, ou senti-la sorrir pelo tom de voz?
Ora aí está ! Era exactamente nesse ponto fulcral que queria tocar. É que aquelas amizades, que apesar de terem poucos dias de experiência, ou mesmo aquelas que já duram há séculos, fazem-nos sempre ficar a sorrir nestes momentos, durante as grandes conversas em que se despedem uma quantia considerável de euros e até três horas depois da conversa acabar.
Meus amigos, e grandes viciados no MSN e em chats, eu lamento dizer, mas a menos que ambas as pessoas estejam equipadas com webcam’s e microfones (e mesmo assim ainda é difícil), nada substituirá a grandeza de certos momentos, tais como o abraço, o timbre da voz, a dicção das palavras, o beijo e olhar.

E desafio alguém a convencer-me do contrário (LOL. Sabem que é inútil devido ao simples facto de eu ser teimosa como só eu sei ser, e porque acredito piamente nisto).

Ponto final



Um Beijo *

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

Capela do sítio mágico


Voltei para casa já há três dias e ainda não consegui escrever uma única linha sobre as duas semanas que me reanimaram o coração.
Não descrevi as amizades reencontradas, as amizades iniciadas, as flores, o vento, o mar, as crianças, os sorrisos, os trabalhos, as lições de vida, as lágrimas, os abraços, as partilhas, o nariz entupido, a rouquidão, as gripes com febre, os baloiços, as fotografias, as cartas, a sueca e a bisca, a casa Teninson, as mãos dadas, as lamexices, os ensaios, as idas às piscinas, as tentativas frustradas de mergulhar em águas revoltas, as grande conversas, as conversas que se queriam grandes mas eram sempre interrompidas, os chocolates, os (muitos!) gelados, os presentes, as gargalhadas, o stress das ‘noites de gala’, os rascunhos, os seminários, os desabafos, os debates (dentro e fora de salas), o sono, o chouriço, a queima do chouriço que não se realizou, a lua, a tão bela lua, o frio da noite, o orvalho respirado à janela quando se acordava cedo, os banhos de água gélida a altas horas da noite (ou então bem cedinho pela manhã), o cuidar de quem gostamos, os filmes, o (tão treinado) inglês, a ‘Quinta’, o vólei, as corridas e parvoíces, as conversas intensas e longas com o Big Boss (como diz a Olga), aquele sentimento de identificação plena com um ser nunca antes visto, o aperto de mão à chegada e o abraço de não querer largar à partida, o ‘prometes?!’ mil e uma vezes repetido, os convites, a troca de contactos, a força, o reerguer do corpo e da alma, as saudades, os longos passeios na areia, as meias partilhadas, os ralhetes, os jogos de damas e de dominó, as conchas, as pedras, as músicas, os tics, o bem-estar geral, a cumplicidade que, de tão grande que era, até se podia respirar, os cadernos, os livros, O Livro, a erva, a caruma, as formigas e moscas, os bichos enormes e com antenas, o telemóvel sem bateria, a dor de querer estar perto e estar longe, o despender de dinheiro apenas porque se gosta, as surpresas com a variante de balde de água fria, o aprender mais do outro, o compreender, o aceitar e amar mesmo assim, os amigos, as amigas, as manas, a imensidão de amor que ali existe, as conquistas, as batalhas, os medos vencidos, os cultos, o louvor, a paragem para beber água, o repousar de tanto se estar cansado, as cantorias, as guitarradas, o pôr do sol, o jantar à luz do pôr do sol, o tacto, a euforia, a expectativa, as histórias, as piadas ...

E tantas , mas tantas outras coisas.
Não encontro uma única palavra para descrever quão magníficas foram estas semanas.
Não obstante as saudades que já sentia pelos que cá deixei, o sentimento que em mim se instalou dividia-me de tal forma que o querer ficar se transformou no querer partir, ainda mais quando vi cada par de olhos marejados de lágrimas pela saudade que já se sentia naquele adeus.

Agora, estou aqui sentada, impaciente por alcançar a liberdade e os meios para me meter num qualquer comboio e partir ao encontro de todos aqueles que agora caminham a meu lado, ou pelo menos caminharam durante uma semana ou duas.

Vocês que deixaram aquela marca em mim, sabem bem quem são.
Aqueles que deixei e aqueles para quem voltei.
O certo é que no meu coração cabem todinhos.

(Quanta lamexice !)



Um Beijo

*

quinta-feira, 27 de julho de 2006

Tiarada por não sei quem (não sei quem tira fotos muito engraçadas), nos anos dela.


Porque é que todo o ser humano tem esta profunda necessidade de coexistir com outro do sexo oposto (nestes tempos modernos, por vezes, sendo do mesmo sexo) numa relação que (em certos casos) é inabalável, duradoura, feliz, essencialmente apaixonante e onde o amor rege essa existência partilhada ?

Esta filosofia do 1+1=1 melhor , confunde-me .

Mas há coisa melhor que estar perdidamente apaixonado ?
Ainda que não o entenda por completo, sei de cor esses sintomas, não por serem frequentes, mas porque foram intensos quando existiram.

Eu queria dizer mais qualquer coisa, mas as palavras não fluem nesta tentativa frustrada de definir o que me vai na alma. Pode ser que na quietude do descanso, quando estiver desprevenida, a resposta à minha pergunta apareça em forma de ... apareça num formato perceptível e esclarecedor, de modo a responder a esta e muitas outras perguntas curiosamente pertinentes, razão pela qual ando ávida de soluções.

-*-

Sim, já me ralharam por me ter esquecido de dar prémios ! (:

Prima Ana Carolina, mais conhecida por Xinoca (ou ainda ‘Xinoca fugiu!’), o teu prémio é o de Pessoa Que Me Ajuda a Comer Um Pacote de Bolachas Inteiro e de Pessoa Que Explica Que Devo Fugir Dos Estranhos Que Estão À Porta E Ir Dizer À Minha Mãe Que Estou Mal Porque Estou A Passar Pela Crise Dos 5 Anos, de Pessoa Que Diz melhor ‘OH MY GOD ! WHY ?!’... Prémio de Melhor Prima Do Universo e Arredores, porque fazer-me rir e ajudar-me são duas das tuas maiores (e muitas) qualidades, dado que tens uma maturidade que muito pouca gente nota.

Para a menina Ana Teresa vai o prémio de de Pessoa Que Tem Sempre Uma Coisa Nova Pra Partilhar, Que Tem Sempre Música Interessante E Com Quem É Bom Conversar.

Está tudo satisfeito !? x’D

Vocês merecem !


-*-


Pensamentos ao som desta óptima música.



Um Beijo

*

terça-feira, 25 de julho de 2006


Parabéns minha pequena Nádia.
O dia é todo teu. Não te digo para seres feliz porque ontem vi que não o podes ser mais do que agora.
Obrigada por te teres tornado na pessoa que és, e por me mostrares que nunca se desiste de um amigo (tu entendes).
Obrigada por teres ouvido a metade esquerda do teu cérebro, pelas boas gargalhadas, pelas cantorias e danças, pelos sorrisos, pelas lágrimas.
Por teres crescido forte e saudável por dentro e por fora.
Faltam-me as palavras . ‘Do you remember?’
(‘:

(L).te , entendes ?

Que contes muitos !


-*-


Sei que hoje o post devia ser única e exclusivamente da aniversariante, mas não posso deixar de fazer menção às coisas que me têm feito crescer durante estes dias .
E são elas, vocês.

Queria pois galardoar com prémio de Pessoa Que Me Anima Sem Sequer Saber, a minha eterna amiga Joana e o meu amigo Filipe, pois sentir que estão comigo já me levanta.

O prémio de Pessoa Que Está Sempre Disponível E Consegue Sempre Mostrar-nos O Lado Óbvio e Racional Ao Qual Tapamos Os Olhos vai para a minha adorada mana Tuxa (até me esqueço que te chamas Cláudia), por se mostrar sempre disponível, amorosa, de braços abertos e sempre pronta a fazer-me sorrir.

Para a Nádia (aniversariante) e a Claúdia Piek vai o prémio de Pessoa Que À Sua Maneira Sabe Mostrar Que Me Ama e Com Um Simples Sorriso Ou Piada, Por Pior Que Ela Seja, Me Faz Esquecer As Adversidades, Pessoa De Quem Eu Tanto Gosto. Nem vale a pena dizer porquê.

O prémio de Pessoa Mais Cómica Que Conheci Nos Últimos Tempos E Que Tem Uma Forma de Vida Mais Que Admirável Por Ser Só Sua, vai para o namorado da aniversariante, Marco, pois vê-los ontem e conhecer esta personagem inspirou-me literalmente.

Marlon, a ti atribuo o prémio de Pessoa Que A Cada Dia Se Revela Melhor, No Verdadeiro Sentido Da Palavra, A Quem Eu Agradeço Ter Entrado Na Minha Vida.

Ainda, para a minha irmã de carne Ana Sofia, o Prémio De Tudo Em Um, por mereceres todos os prémios acima referidos, és tudo.

Por último queria atribuir o Prémio de Melhores Pais Apesar De Tudo, aos meus.

Parabéns Nádia. Obrigada a Todos. Acabei de Acordar do Sonho de Ontem. Estou pronta p’ra outra.



Um Beijo

*

segunda-feira, 24 de julho de 2006



Procuro reencontrar vestígios deste sentimento em recados, papéis e sonhos desfeitos, espalhados pelas gavetas e armários do meu ser.
Não encontro. Chego à bela conclusão de que nunca antes me senti assim.
Tão desesperadamente só.
Sim, sei que tenho pessoas especialmente fantásticas que sempre me deram a mão quando eu precisei, e que seguramente continuarão a fazê-lo.
Mas nem o seu imenso carinho e apoio preenche este vazio tremendo que de mim se apodera com uma força nunca antes vista.
Era suposto não me sentir assim, tão desamparada. Mas a minha muralha de força desabou por completo, anulando qualquer hipótese de alguma vez ter sido sólida.
O abraço, o conforto, a certeza de que por mais que qualquer coisa acontecesse tudo ficaria bem no final, foge-me por entre os dedos qual a fina e seca areia de uma bela praia.
E por mais belo que tudo se apresente à minha volta, por mais que tenha dias repletos de retalhos de amor com os quais faço a minha capa de amizade, à noite , tudo se revela.
Tudo me incita a pensar nestas coisas que se desenrolam depressa de mais, tudo propicia ao descontrolo da fé, ao evadir-se da força, ao dar largas às lágrimas.
Durante o dia ajo como se tivesse dormido toda a noite. Como se esta não estivesse salpicada de pesadelos, insónias e prantos.
Durante o dia visto a minha capa de amizade. É ela que torna tudo bem mais fácil e me faz esquecer apenas um pouco de tudo o que a noite trouxe.
E vistas bem as coisas, isso já é muito.




Um Beijo

*

sábado, 15 de julho de 2006

Tirei-a eu, pensando em quem não devo !



« Out across the endless sea
I would die in ecstasy
But I'll be a bag of bones
Driving down the road along

My heart is drenched in wine
But you'll be on my mind
Forever ! »


Excerto de Don't Know Why de Norah Jones



[ Breve referência ao últipo post:

O texto 'Culpa' é do Cronista Edson Athayde, um escritor com 'E' bem grande (como já se pôde ver). Não o disse no devido tempo porque estive à procura do nome do senhor até agora. Se gostaram, leiam mais umas coisinhas dele por estes lados, ou então procurem por aqui, que é como eu sempre faço q: ]




Um Beijo

*

terça-feira, 11 de julho de 2006

Ela é que tirou. Não se vê a cara, as cores são vivas. Perfeito x'D


Estou há dois dias fechada em casa sem sair, porque a Câmara resolveu tirar o autocarro ao sítio onde eu trabalhava.

É caso para dizer 'Oh meu Deus ! (lamentações , queixas , este País , e suas variantes) !'

Agora que escrevi isto pensei no meu texto de Teatro deste ano. E só por isso vou partilhá-lo com vossas excelências :D

"Culpa: Conceito judaico-cristão que encontrou nos povos latinos a razão da sua existência. Portugal não é excepção. Neste país, toda a gente tem culpa. E ninguém tem culpa alguma.

O problema é que aqui a culpa morre solteira, mas deixa filhos: as dores de cabeça infinitas e os problemas insolúveis que temos de enfrentar no nosso dia a dia.

Dentro da lógica nacional, é muito mais importante atribuir a culpa (sem nunca, é claro, encontrar o culpado) do que resolver a questão. Apontar o dedo é mais relevante do que dar um murro na mesa e mudar a situação.

Tornámo-nos, portanto, numa nação de culpados. Logo, numa nação de inocentes. Porque a culpa só existe numa situação de exclusão de partes. Como todos estamos envolvidos no processo de culpabilizar e sermos culpabilizados, ninguém pode arvorar-se em santo.

Mas de todas as culpas a que mais me encanta é a chamada 'Culpa do País'.
Em Portugal, se algo está mal, a culpa é sempre do País.

Temos a habilidade de dizer que neste país nada funciona, como se não fôssemos nós o País. Como se o País fosse uma outra pessoa, um tipo mal formado, mal educado, cheio de hábitos e manias, com quem temos de conviver a contra gosto; nós, que somos uns tipos porreiros e merecedores de outro destino, merecedores de viver num outro lugar mais ao nosso nível, um sítio entre a Suíça e a Suécia, no mínimo.

O País é o culpado, claro. É eçe que nos faz chegar atrasados aos nossos encontros. É ele que suja as ruas. É ele que rouba na corrida de táxi. É ele que deixa de votar para ir à praia. É ele que faz as coisas pela metade. É ele, o país, que, em vez de se concentrar em produzir, passa o tempo a fazer fofocas.
salvo seja, Portugal é uma coisa, o País é outra. Portugal é a pátria, é a cultura, o berço, as gentes. Portugal é bonito, foi feito para ser respeitado e admirado. Já o País, não. O País é só o culpado de Portugal não ser aquilo que desejávamos que fosse.

Portugal é um modelo de virtudes possíveis. O País é uma bagunça.
Portugal é a pátria de um cineasta de renome internacional, como o grande Manuel de Oliveira. E é o País que se recusa a ir ao cinema ver os seus filmes.
Portugal orgulha-se da Amália. O País compra os discos da ágata.
Portugal vive a exportar grandes futebolistas para a Europa. Já o futebol, do País, por favor, é para esquecer.

Poderíamos continuar indefinidamente a enumerar as enormes diferenças e desavenças entre Portugal e o País. De resto, é exactamente o que fazemos todos os dias. Exorcizamos as nossas culpas tornando este recanto à beira mar plantado num lugar esquizofrénico. Poderíamos fazer melhor.

E é por isso que tenho a impressão de que, se um dia Portugal e o País se encontrassem numa esquina, seria uma cena de bofetadas. Como se um e outro não fossem parte da mesma coisa. Não fossem mesmo uma só coisa. Com todas as qualidades e defeitos naturais da vida.

Mas, enquanto isto não muda, tenha cuidado e não convide Portugal e o País para jantar juntos na mesma mesa. Eles nunca vão entender-se. E o mal-estar criados seria culpa sua.
Se bem que, pensando bem, talvez a culpa não fosse de ninguém."


Gostaram ?


Um Beijo

*

sábado, 8 de julho de 2006

Fotografia da aniversariante, que muito me orgulho de ter tirado (':


Hoje o dia é todo teu. Aproveita-o, tal como mereces.
Não vou escrever textos compridos. Já aprendi que por vezes as palavras podem estragar a simplicidade que um sentimento tão puro como este tem.
A felicidade foi algo alcançado por ti, não sei se tens essa consciência. É teu mérito teres aberto a porta quando ela bateu.
Por isso, e por muitas outras coisas, só desejo com todos os poros da minha pele (e alma) que usufruas dessa felicidade da melhor maneira possível.
Por tudo o que sempre tivemos em comum, pelas partilhas, pela ajuda indispensável que sempre foste e ainda és. Pela pessoa maravilhosa em que te tornaste e por tudo de bom que trouxeste à minha vida, um muito obrigada de coração, com lágrimas e tudo.

Muitos parabéns maninha. 'Que contes muitos !'

Beijo Sincero de Quem Te Ama

*

quarta-feira, 5 de julho de 2006















Montagem de uma foto que ela me tirou, ainda em tempo de aulas



I remember when, I remember, I remember when I lost my mind
There was something so pleasant about that phase.
Even your emotions had an echo
In so much space

And when you're out there
Without care,
Yeah, I was out of touch
But it wasn't because I didn't know enough
I just knew too much

Does that make me crazy?
Does that make me crazy?
Does that make me crazy?
Probably

And I hope that you are having the time of your life
But think twice, that's my only advice
Come on now, who do you, who do you, who do you, who do you think you are,
Ha ha ha bless your soul
You really think you're in control

Well, I think you're crazy
I think you're crazy
I think you're crazy
Just like me

My heroes had the heart to lose their lives out on a limb
And all I remember is thinking, I want to be like them
Ever since I was little, ever since I was little it looked like fun
And it's no coincidence I've come
And I can die when I'm done

Maybe I'm crazy
Maybe you're crazy
Maybe we're crazy
Probably


Crazy by Gnarls Barkley


-*-


Ah, gosto desta música ! Quando a ouvi pela primeira vez mudei de canal. Mas depois, deixei-me levar pelo timbre de Gnarls Barkley e puff ! Já estou viciada nela.
E gosto de cantar esta música. Aliás, eu gosto de cantar seja o que for. Pobres daqueles que me aturam. Mesmo assim, bem ou mal, estou sempre a cantarolar, a trautear, a cantar alto e bom som...
A minha parte preferida é a de aprender as músicas. Primeiro, ouço, gosto, apaixono-me. Navego Internet fora para encontrar a letra. Depois, já com o papel não mão, ouço com atenção as respirações dentro dos tempos, as variações de tom, as notas que têm de se 'segurar' (como diz a minha pseudo-tia). Rapidamente a folha deixa de ter só a letra e passa a ter uma série de pequenos sinais que faço para me orientar.
Ah, bem ou mal, adoro isto de cantar !

Desabafos...

Hoje não há nada de (mais ou menos) interessante para se ler (:


Um Beijo

*

domingo, 2 de julho de 2006

Fotografia da minha mão, de um dia de praia em que andei com a Filipa dela toda a tarde, a tirar fotos (quase todas à dona). (':


Que se arruinen los canales de noticias
Con lo mucho que odio la television
Que se vuelvan anticuadas las sonrisas
Y se extingan todas las puestas de sol
Que se supriman las doctrinas y deberes
Que se terminen las peliculas de accion
Que se destruyan en el mundo los placeres
Y que se escriba hoy una ultima cancion

Pero que me quedes tu
Y me quede tu abrazo
Y el beso que inventas cada dia
Y que me quede aqui
Despues del ocaso
Para siempre tu melancolia
Porque yo, yo si, si
Que dependo de ti
Y si me quedas tu
Me queda la vida !

Que desaparezcan todos los vecinos
Y se coman las sobras de mi inocencia
Que se vayan uno a uno los amigos
Y acribillen mi pedazo de conciencia
Que se consuman las palabras en los labios
Que contaminen todo el agua del planeta
O que renuncien los filantropos y sabios
Y que se muera hoy hasta el ultimo poeta

Pero que me quedes tu
Y me quede tu abrazo
Y el beso que inventas cada dia
Y que me quede aqui
Despues del ocaso
Para siempre tu melancolia
Porque yo, yo si, si
Que dependo de ti
Y si me quedas tu
Me queda la vida !
(2 x)


Que Me Quedes Tu by Shakira


-*-


Sim eu sei, a música é velhinha ! Mas ando super viciada neste Cd dela (Laundry Service), e principalmente nesta música (brutalíssima !) . É uma mania minha. Não obstante o ano em que saiu a música, se gostar não paro de a ouvir. E vai desde Shakira a Frank Sinatra, passando por Foo Fighters, Fingertips, Damien Marley e mais umas quantas coisas !

Amanhã começa a época balnear do ATL onde irei trabalhar. Aturar a criançada toda durante umas duas semaninhas. E parece que estas férias serão todas assim, visto que já fui (não oficialmente) convidada para tomar conta de mais 'piquenos' no Acampamento Familiares II .

Vai ser giro vai !

A propósito, e p'ra quem leu o post anterior, o meu tio veio ver o jogo de ontem cá a casa. Saiu daqui de trombas e sem abrir a boca. Adorava ter cá estado para lhe perguntar do Mapa Cor-de-Rosa ! ('x

Sem mais nada a acrescentar

Um Beijo

*

sábado, 1 de julho de 2006

Ela sai proferindo as mesmas palavras que tantas vezes gritou anteriormente.
A mesma ladainha que é suposto chamar a minha atenção para os meus enganos, mas que não faz mais que o contrário.
Tem um prazer enorme em amaldiçoar novas tecnologias e inovações na comunicação global, sente-se bem a gritar-me que não faço mais do que perder tempo em frente a uma máquina que não me leva a lado nenhum.
Diz ela que, para conversas da treta, mais vale encontrar-me com as pessoas ao vivo e a cores e afirma com todas as suas forças que estou deveras viciada nisto da Internet/Messenger/Computador e afins.
Frisa pela enésima vez que me esqueci da minha cultura geral na gaveta, que já não leio um jornal nem um simples livro.

Sim, ela diz-me todas estas coisas.

Começo então a analisar cada acusação que me é feita de uma maneira tão brusca, e com tanta certeza da sua parte.
Reparo que, quando estou aqui em frente desta máquina, estou a pesquisar informação pela qual me interesso, ou então a vaguear pela ‘blogosfera’ depois de ter escrito mais umas quantas coisas que precisava de tirar de mim.
Reparo também, que quando estou no dito chat habitual, só falo com meia dúzia de gatos pingados, visto que as mensagens servem-me bem melhor na questão de combinar encontros com o pessoal, e que prefiro mil e uma vezes olhar quem quer que seja nos olhos enquanto conversamos.

Viciada? É por essa razão que me encontro tantas vezes no sofá agarrada à última descoberta que fiz na biblioteca, ou de volta do artigo interessante que encontrei numa certa revista?

Acho que estas respostas não lhe servem. Os seus argumentos são todos falaciosos e, tal como eu esperava, não está disposta a ouvir-me contra-argumentar. É por essa razão que nem me dou ao trabalho de responder de volta. Limito-me a observar a sua boca mover-se muito rapidamente enquanto me ataca com palavras que cortam como espadas. Limito-me a, após tais situações, limpar os cortes com a indiferença, concentrando-me na melodia que ouço.



-*-


Depois de tudo isto, e ainda antes do seu regresso, liga-me o tio a avisar de um outro acontecimento, um desmarcar de um compromisso que eu nem sabia que existia, e a referir-se ao dito jogo de Portugal.
Diz-me ele que pode muito bem ser este o último jogo do País.
Eu respondo que há que ter esperança e alguma confiança na Selecção, não ?
Ele começa então a dissertar sobre as inúmeras intervenções da Inglaterra ao longo do tempo na história Portuguesa, quando nos ajudou em batalhas, na organização das nossas tropas em momentos críticos, quando se apoderou do nosso tão precioso Mapa cor-de-rosa, entre outros. Fala de ser realista e de estarmos preparados para o pior, porque aquela Selecção é bem melhor que a nossa.
E diz ainda que tem confiança na equipa, não no Seleccionador. Que ‘o Scollari só se interessou por gerar a discórdia entre as selecções, fazendo disto um campo de batalha’.
Finaliza com um ‘e eu também não acredito na Nossa Senhora do Caravaggio’.

-.-‘

‘Também não presto culto a essa Senhora’, penso enquanto me despeço, ansiosa por desligar o telefone. Ainda assim, para quê criticar quem acredita? Tenho mesmo de ouvir tudo isto, e de aceitar todas estas afirmações como verdadeiras? Não quis alimentar a discussão por falta de paciência. Paciência essa que ainda não arranjei para comentar esta rajada de opiniões, que em muitos aspectos não se enquadram na minha.


Acordei tão bem, fiz tudo como planeado. A meio da manhã já estou com dois sapos engolidos.
É o que dá acordar cedo.


Um beijo

*

quarta-feira, 28 de junho de 2006


Palavras para quê ?


(Foto de segunda-feira, nos provadores da Bershka . Ela , a Filipa e Eu.)



Um Beijo

*

terça-feira, 27 de junho de 2006











Fotografia da minha autoria (com uns efeitos a mais), dos tempos em que eramos um verdadeiro grupo de teatro.



Quando queremos muito fazer qualquer coisa , temos esse desejo , essa ânsia de alcançar qualquer objectivo nosso , satisfazer qualquer vontade , ceder a tais caprichos ... para que é que nos detemos a pensar nas razões que nos conduzem a tais sentimentos ?

‘A razão é escrava das paixões’ , já dizia Hume . Mas nós , ou talvez apenas eu , devo , de alguma maneira , ser escrava dessa razão . Assim , tudo isto não deve ser mais que uma hierarquia em que a escrava da escrava , sou eu .

Sim , paro bastante tempo para pensar nas razões que me levam a querer tanto tal coisa , querer ver-te , estar contigo , ouvir a tua voz , o teu doce toque . Partilhar tempo contigo .
Ao invés disso , apenas desperdiço esse tempo de acção em pura inércia ; em vez de escravizar a razão para atingir as minhas paixões , deixo-me dominar pela imensidão de ‘ses’ que saltam não sei de onde para atormentar cada pensar em ti , cada querer-te aqui .

Sim , podia muito bem acabar com toda esta situação pelo simples facto de pegar num telefone e discar o número que há tanto tempo sei de cor (ou pelo menos penso saber) , esclarecer tudo com palavras sinceras e directas , sem meias voltas , como eu gosto (e sempre gostei) de fazer .

Mas , infelizmente para mim , houve um dia da minha vida em que deixei que a acrasia fizesse sentido por alguns segundos , e não te falei. ‘Só hoje’ , pensei naquela altura . ‘Hoje não consigo quebrar esta barreira . Hoje dá-me trabalho , custa-me um pouco mais do movimento do miocárdio . Hoje é mais fácil deixar-me vencer pela inércia, pelo medo .’

E ali me deixei ficar . Até que o ‘hoje’ se transformou em mais dias , e esses dias se transformaram em mais meses , e os mesmos meses se tornaram anos . Ainda penso , ou melhor , ainda ajo irracionalmente , e mantenho esta filosofia fastidiosa e deprimente , e ainda deixo que o medo , que se mascara tão bem (mas tão bem) de razão , me faça sua escrava . E me prenda os movimentos quando tenho de te acenar , de te sorrir , de caminhar até ti .

Quanto tempo mais vou ter de permanecer neste estado ‘bola de neve’ que sozinha criei para mim ? Quanto tempo mais vou tapar os olhos e os ouvidos ao óbvio , e ignorar o acelerar do bombear do sangue cada vez que vislumbro o meu passado , contigo inserido nele ?

Procuro lucidez . Com urgência .



-*-

Um Beijo

*

segunda-feira, 26 de junho de 2006












Foto tirada pela minha prima Nádia, num dos muitos serões do final de 2005

" Flutuo
Consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá
E eu não contesto
O meu destino está fora de mim
Eu aceito
Sou eu despida de medos e culpas
Confesso


Hoje eu vou fingir
Que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer
Que as coisas vão mudar
Amanhã


Flutuo
Consigo deslindar o meu gosto sem esforço
Balanço é o que a maré me dá
E eu não contesto
Amanhã pensar nisso sempre me dá mais jeito
Fazer de mim Pretérito Mais Que Perfeito.


Hoje eu vou fingir
Que não vou voltar
Despeço-me do que mais quero
Só para não te ouvir dizer
Que as coisas vão mudar
Amanhã
Amanhã

Hoje eu vou fugir
Para não me dar a vontade de ser tua
Só para não me ouvir dizer
Que as coisas vão mudar
Amanhã
Amanhã
Amanhã "


Flutuo, de Susana Félix


-*-

Passei um fim-de-semana 'zen' (se é que lhe posso chamar assim) .
Pôr as ideias no lugar, descansar, retomar velhos hábitos (que felizmente não perdi), tais como ler algo só pelo simples facto de me apetecer e gozar esse sentimento.
Estar com a família que raramente se vê, devido aos quilómetros que nos separam e reparar que há coisas (por bem ou por mal) que (feliz ou infelizmente) nunca mudam.

A música ... envolve-me como sempre gosto de ser envolvida por uma música. E não me canso dela. E até porque a minha irmã comprou o Cd da Floribella -.-'
Acho que me fez uma lavagem cerebral entretanto.

Há que aproveitar estes momentos para recuperar das lavagens.

Um Beijo

*

sexta-feira, 23 de junho de 2006

Fotografia do Acampamento de Água de Madeiros ; autor desconhecido .

" Foi então que parei. Depois de tanto correr por entre ramos que cortavam cruelmente e pedras que magoavam os meus pés descalços; depois de estar tão exausta... parei naquilo que parecia o fim do matagal.O início da mata. Aquele lugar estava repleto de odores suaves e inebriantes. Após recuperar o fôlego, pude acalmar o meu coração sobressaltado, na quietude daquele doce refulgir. Ao observar o bosque com mais atenção, vislumbrei um lago de um azul límpido e transparente. Aproximei-me e saciei a minha sede, acalmando também a fadiga que sentia.Naquela mata, o que mais se destacava era a verde frescura de toda a natureza. A erva fofa convidava o meu corpo a deitar-se sobre ela, assim como o ar fresco fazia, embebendo o meu espírito de um sentimento idílico e calmante.Ouvia-se o zum zum dos insectos que não picavam, o chilrear dos passarinhos que serenavam e convidavam uma voz desconhecida a cantar com eles.A gentil brisa trouxe com ela um aroma adocicado, realçando a necessidade de satisfazer o meu apetite. Porém, a noite já havia começado a chegar, e as primeiras estrelas reluziam naquele universo infinito que nos envolve tão rápida e gentilmente.Por isso, naquele paraíso terreno, e sem mais hesitaçõesEu adormeci."

Escrito Por mim , já não me lembro quando . Exercício de Português
-*-

O nervoso . O nervoso miudinho que se apodera de mim cada vez que me lembro de que assumi o compromisso de hoje à tarde . Estou aterrada .
Isso explica a qualidade do post de hoje . -.-'

Um Beijo
*

quarta-feira, 21 de junho de 2006













Foto tirada pela Sô Dona Conselheira , em Sepia como ela tanto gosta, no Retiro de Páscoa 06 ! (:


«Está a dar-me daqueles ataques. De escrever, escrever, escrever ... sem parar. Preciso de me organizar, de estudar, de trabalhar ! E nada disso faço. Preciso de ordem. Disciplina. E onde estão elas? Eu é que não as encontro.

Preciso de me encontrar. Preciso de conversar com Ele. Preciso de voar daqui, não ter mais nada com que me preocupar. Preciso de precisar estes sentimentos perdidos coração afora, por todos esses longos trilhos por mim percorridos. Umas vezes só, outras acompanhada, mas sempre espalhando os meus avisos e alertas, para chamar a minha atenção para a não repetição de erros.

A questão é que estes avisos e alertas não estão a funcionar. Eu continuo a desleixar-me e não ter o autocontrole necessário para regrar a minha existência. Então e agora? Compro avisos e alertas novos e reclamo aos fornecedores dos antigos? Ou mudo simplesmente de mentalidade? De atitude? De vontade?

Nem sei para que é que me submeto a tais tipos de introspecção. Só me faz sentir culpada e não querer parar de escrever e pensar em coisas fúteis e vazias. E são elas: a minha cabecinha oca, o meu coração desalentado e o meu espírito desarrumado.

Será isto necessário, ou melhor, concebível? Esta maneira de viver tão desvairada que até incomoda o corpo que não é nada mais que a concha da alma?
Sim. Dói-me a cabeça de pensar tantas vezes nestas coisas, que são tantas e de tantas maneiras me apoquentam.»


Escrito por mim dia 1 de Junho de 2006


Estamos no dia 21, já não tenho trabalhos nem testes nem escola. Será que isso justifica a permanência da desorganização ?

Um Beijo

*


terça-feira, 20 de junho de 2006

É o post da praxe não é assim ?

Tem de haver sempre um , para que o pessoal que cá vem (que de resto não há.de ser muito) não fique muito confuso sobre a identidade da minha pessoa.

É o seguinte:

Andreia.
Caracóis.
Olhos Grandes (até demais).
Preocupada com tudo e com todos.
Fotografia.Máquinas Manuais.
Música.Baterias (pena é não saber tocar).Música.

Livros.Papel.Lápis.Caneta.Palavras.Linhas.
Naturalidade.Sorrisos.Franqueza.Gargalhadas.Espontaneidade.
Recordações.
Policiais.Suspense.Psicologia.Pensar.
Amarelo.Laranja.
Luz.Vida.Amor.Partilha.Amizade.
Sentir.Escrever.Borboletas.Chinelos.Ténis.Praia.Céu.Estrelas.
Diferente.Igual.Cor.Experiência.
Música.Livros.Escrever.Água.Corneto de Chocolate.Chocolate.
Teimosia.Acrasia.Acrasia.Irracionalidade.
Sentimental.Beijo.Abraço.Carinho.Brilho Do Olhar.
Voz.Acordes.Improvisos.Teatro.Personagem.
Dicionários.Internet.Comédia.

.Ser.

' É isto ! Percebem o que quero dizer , não percebem ? '